domingo, 3 de maio de 2009

'Em casa', Corinthians e Santos decidem quem será o campeão paulista de 2009



Jogar no Pacaembu em 2009 vem sendo sinônimo de vitória para Corinthians e Santos. Mas, neste domingo, às 16h, apenas um dos dois clubes vai comemorar o título do Campeonato Paulista no mais tradicional estádio de São Paulo. Mais próximo disso está o Timão, que venceu o primeiro duelo por 3 a 1, na Vila Belmiro, e pode perder por até dois gols de diferença para ser campeão invicto, o que não acontece no estado desde 1972. Ao Peixe resta apenas lutar por um milagre. A Rede Globo transmite a partida, e você acompanha também, em Tempo Real, no GLOBOESPORTE.COM.

Ao longo da semana, o Corinthians tratou de afastar o clima de "já ganhou". Curiosamente, o Timão passou por um susto semelhante ao que não pode ter no final de semana. Jogando muito mal, chegou a estar perdendo por 3 a 0 (resultado que daria a taça ao Santos) para o Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela Copa do Brasil. Entretanto, reagiu nos minutos finais e diminuiu para 3 a 2, ficando perto da vaga nas quartas-de-final.

- O sinal dos 3 a 0 é bom para não deixarmos passar nada em branco em uma hora como essa, ainda mais em uma semana tão importante. O futebol nos deu um recado e vamos ser inteligentes o suficiente para interpretar isso – disse o técnico Mano Menezes.

O técnico Vagner Mancini, aliás, trabalhou o lado psicológico dos atletas durante os últimos dias. Mais do que trazer novamente a confiança depois da derrota em casa, o treinador também teve que manter viva a chama da esperança no título. Para que ele vá à Baixada Santista, o Peixe precisa vencer por três gols de diferença.

- O jogo não acabou e o Santos está de pé ainda. Sabemos que não será fácil, mas o futebol mostra que não é impossível – afirmou o treinador.

O Corinthians, porém, não sabe o que é perder em casa por três gols de diferença desde o dia 25 de março de 2007, quando foi batido por 3 a 0 pelo Cruzeiro, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro, resultado que derrubou o técnico Paulo César Carpegiani. Sob o comando de Mano Menezes, o Timão nunca foi batido desta forma.

Um ano de vitórias para Timão e Peixe no Pacaembu

O Santos se apega também ao bom retrospecto jogando no Pacaembu em 2009. Em quatro partidas no estádio, foram três vitórias, uma delas exatamente pelo placar necessário agora, 3 a 0 sobre o Mogi Mirim, além de Botafogo (1 a 0) e Oeste (2 a 1). A única derrota foi justamente contra o Corinthians, 1 a 0, gol marcado por Dentinho.

Mas foi no Pacaembu que o Peixe obteve uma das mais importantes vitórias de sua história. No dia 10 de dezembro de 1995, o time precisava de um milagre semelhante contra o Fluminense para ir à final do Campeonato Brasileiro depois de perder por 4 a 1, no Maracanã. E conseguiu. Com uma atuação magnífica de Giovanni, o Alvinegro praiano goleou por 5 a 2 e garantiu a vaga, .mas perdeu na decisão para o Botafogo.

Para azar do Santos, não é por acaso que o Pacaembu é considerado a casa do Corinthians. Em dez partidas no local pelo Paulistão, foram sete vitórias e apenas três empates. O último resultado negativo diante da Fiel aconteceu no dia 19 de julho do ano passado, 1 a 0 diante do Bahia, pela Série B do Campeonato Brasileiro, competição no qual o Timão se sagrou campeão e pôde voltar à elite do futebol nacional.

- Jogar no Pacaembu está sendo muito bom para a gente, principalmente porque temos sempre a maioria nas arquibancadas. Contra o Santos, fizemos uma boa vantagem na Vila, mas não podemos facilitar. Será um jogo muito difícil porque o adversário tem qualidade e virá para cima – lembrou o lateral-esquerdo André Santos.

Mano não confirma Ronaldo, e Mancini tem dúvida na zaga

Como de costume, o técnico Mano Menezes não revelou a escalação do Corinthians para a partida. O atacante Dentinho cumpriu suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo e tem retorno garantido. O problema é quem sai: o meia Morais, o mais provável, ou o atacante Jorge Henrique. O segundo, mesmo tendo treinado normalmente na sexta-feira, ainda sente dores musculares na coxa direita.

Já Ronaldo, que sofreu uma pancada no tórax na derrota para o Atlético-PR, treinou bem neste sábado e provavelmente será escalado. Confirmada apenas a saída do zagueiro Chicão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, para a entrada do garoto Diego.

No Santos, Vagner Mancini poderá contar com o atacante Neymar. O jogador sofreu um pisão no pé esquerdo no treinamento de quinta-feira, mas vai para o jogo. Já o volante Rodrigo Souto, que se recupera de lesão muscular, ficará no banco de reservas. Ele se machucou na antevéspera do segundo jogo da semifinal, contra o Palmeiras.

- O pisão que o Neymar levou foi em cima da unha. Doeu na hora, mas ele já está bem e vai jogar normalmente. O Souto está liberado para o jogo. Acho difícil ele iniciar a partida, mas estará entre os 18 - explicou Mancini.

O zagueiro Fabão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, deve ser substituido por Domingos. O jogador iniciou todos os treinamentos como titular, mas sempre deu lugar a Astorga no segundo tempo. No meio-de-campo, Roberto Brum, outro que cumpriu suspensão por acumulo de advertências, volta na vaga de Pará.

Por: Lucas/Veiga

Flamengo e Botafogo escrevem o episódio final da trilogia de rivalidade



Episódio um, dia 6 de maio de 2007: a muralha Bruno aparece na batalha por pênaltis. Episódio dois, 4 de maio de 2008: o xodó rubro-negro Obina decide. Neste domingo, 3 de maio de 2009, com o papel de protagonista vago, Flamengo e Botafogo colocam ponto final na trilogia de finais consecutivas de Campeonato Carioca a partir de 16h, no Maracanã. O primeiro jogo, na semana passada, terminou 2 a 2. O vencedor leva o título. Se houver empate a decisão será nas penalidades.

O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos. A TV e a Rádio Globo também transmitem.

Nos duelos anteriores, os rubro-negros levaram vantagem. Fato que pode garantir diversas qualificações se repetirem a dose: um tricampeonato estadual, o quinto da história; o 31º título e a hegemonia no Rio de Janeiro deixando o Fluminense para trás pela primeira vez.

E o enredo, aparentemente, é favorável. O Botafogo perdeu dois de seus principais jogadores para a final em um mesmo lance da primeira partida. O time vencia por 2 a 1 e dominava quando Maicosuel e Reinaldo se machucaram. O Flamengo chegou ao empate e a dupla foi vetada pelo departamento médico. Um baque e tanto.

Entretanto, roteiros de filmes nem sempre seguem as obviedades. É nisso que os comandados de Ney Franco se apegam. A semana foi longe da capital. Os dias em Saquarema, na casa do vitorioso vôlei brasileiro, serviram de estímulo e motivação para derrubar o leve favoritismo do rival.

- Nós também temos obrigação de vencer, independentemente de quais jogadores estiverem em campo. Botafogo é um clube grande e não pode depender de um ou dois atletas – afirmou Ney Franco.

Batalha psicológica

O técnico carrega nas costas o peso de jamais ter vencido o Flamengo em nove jogos disputados. O estigma de seu colega é mais doloroso. Depois de ser vice-campeão com o Bota em 2007 e 2008, Cuca trocou de lado e ouviu a torcida alvinegra gritar “Vice é o Cuca” depois da final da Taça Guanabara. Por mais que a pressão invisível exista, o treinador rubro-negro garante que está tranquilo.

- Não estou nem tomando um vinho para dormir (risos). O sono está tranquilo. Se eu ganhar vou comemorar com as minhas meninas (mãe, esposa e as duas filhas), que estão lá também quando eu perco – afirmou.

O aspecto emocional também persegue o capitão Fábio Luciano. Ele marcou a aposentadoria para depois do Campeonato Estadual. Teoricamente, será o último jogo profissional do zagueiro, que completou 34 anos na última quarta-feira. Na véspera da final, em meio à festa em que se transformou a Gávea, o jogador recebeu uma bandeira em sua homenagem e confidenciou aos torcedores:

- Minha cabeça pede para eu parar, mas o coração quer que eu fique.

O ataque do Flamengo não marca há quatro jogos, mas o técnico Cuca manterá a dupla Emerson e Zé Roberto. A única alteração será o retorno de Aírton à zaga na vaga de Welinton.

Nos últimos dois jogos, o zagueiro Emerson participou decisivamente de dois gols para o adversário. Apesar disso ele está confirmado na zaga alvinegra. Diante dos desfalques importantes, Ney Franco aposta na arapuca do esquema 3-6-1, com somente Victor Simões na frente. O esquema é semelhante ao que o treinador utilizou no título da Copa do Brasil do Flamengo em 2006.

Por: Lucas/Veiga

Milagre ou confirmação? Atlético-MG tenta tirar a taça das mãos do Cruzeiro



O segundo e decisivo jogo da final do Campeonato Mineiro virou o duelo entre milagre e confirmação. Como a primeira partida terminou com o placar de 5 a 0 para o Cruzeiro, numa repetição de 2008, o Atlético-MG precisa devolver o saldo para ficar com o título. Caso contrário, será a conquista de número 36 da história celeste.

A missão é tão difícil que nem mesmo os atleticanos confiam. Na manhã desse sábado, a diretoria alvinegra repassou 5.900 ingressos a que tinha direito para os cruzeirenses. Nas bilheterias, a diferença é esmagadora. Até o início da noite dessa sexta, por exemplo, foram vendidos 27.422 lugares. Os azuis compraram 25.943, e os atleticanos 1.479. A carga para esta partida é de 64.800, inicialmente dividida de forma igual.

Mas se engana quem pensa que não há motivação para esta partida. Além de ser o superclássico, o Cruzeiro, com uma vantagem gigantesca, quer ser campeão invicto. O Atlético, por sua vez, tenta terminar o campeonato com a cabeça erguida e dar fim ao tabu de 11 jogos sem derrotar o rival (dez derrotas e um empate).

A decisão será às 16h (de Brasília), no Mineirão. A Globo Minas transmite a partida, ao vivo, para todo o estado. O Premiere, pelo sistema pay-per-view, exibe o jogão para todo o país. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o duelo em Tempo Real.

Antes de enfrentar o Cruzeiro, domingo passado, o Atlético tinha a melhor defesa do Estadual e não perdia há 12 jogos. A goleada impiedosa derrubou os bons resultados e desequilibrou os jogadores. Na partida seguinte, pela Copa do Brasil, nova derrota: 3 a 0 contra o Vitória, em Salvador. Em cinco dias, dois resultados muito ruins, oito gols sofridos e nenhum marcado.

- Há cinco dias atrás, maravilha. Cinco dias após, grande problema. É verdade? Ele existiu? Existiu. Então compete a nós, que temos a felicidade de estarmos toda hora dentro do campo, mudar aquilo que nós mesmos provocamos. Então nós temos que, eu não diria recomeçar, mas fazer ajustes dentro de uma simplicidade, porque nós temos capacidade para isso – afirmou o técnico Emerson Leão.

A novidade do treinador para o clássico fica por conta do volante Fabiano. O jogador, enfim, teve sua situação regularizada e vai estrear no lugar de Lopes. No momento difícil, ele pede superação.

- Creio que essa é a palavra. Superação para que possamos, principalmente, continuar com vida na Copa do Brasil. A gente sabe que uma vitória no clássico elevaria o moral do time e daria uma confiança maior para a outra decisão que temos na quarta-feira, contra o Vitória - comentou.

Leão não terá Werley, Leandro Almeida e Renan, suspensos. Marcos Rocha, Welton Felipe e Rafael Miranda serão os substitutos. Éder Luís, ausente no primeiro jogo, está de volta. Ele formará a dupla de ataque com Diego Tardelli, artilheiro do campeonato com 16 gols.

- A gente aposta nesses jogadores (Fabiano e Éder). Eles estão com a cabeça voltada para a final. No caso do Éder, a ausência dele pesou no primeiro jogo e sentimos sua falta. Com certeza não vamos fazer vergonha outra vez – avaliou.

Quase lá, Cruzeiro adota cautela e contém euforia

Não é qualquer vantagem. Ainda mais para um time que não perdeu sequer um jogo no Estadual. Esta é a grande motivação dos jogadores do Cruzeiro para a decisão. Aliás, na temporada são 18 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, pela Libertadores. No Mineirão, são quase nove meses sem perder.

Adilson Batista não terá Leonardo Silva e Ramires, suspensos, neste domingo. Além de substituir o zagueiro e o volante, o técnico deve poupar alguns titulares para a estreia do time nas oitavas-de-final da competição continental, contra o Universidad de Chile, na próxima quinta-feira, em Santiago.

Na zaga, Gustavo está confirmado ao lado de Léo Fortunato. Daí para frente, são várias opções. Nas laterais, Jancarlos e Sorín podem substituir Jonathan e Gerson Magrão, respectivamente. Mas a tendência é que a mudança seja apenas do lado direito, e o argentino fique como opção no banco.

No meio, Fabrício deve jogar, já que ele não vai poder enfrentar os chilenos fora de casa por suspensão. Henrique deve ser o substituto de Ramires. Função que, segundo o técnico, também pode ser feita por Marquinhos Paraná.

- Eu estaria adiantando o Paraná. O Ramires virou um segundo volante, um meia, tem um preparo físico invejável. O Parará pode fazer, mas um pouco mais atrás. Mas também tem o Elicarlos, o Bernardo... - deu pistas.

Bernardo também poderia ser o substituto do meia Wagner, que também pode ser poupado. Neste caso, a formação do meio-campo seria: Fabrício, Henrique, Elicarlos e Bernardo. Com Wagner em ação e Fabrício fora, o setor pode ter Henrique, Elicarlos, Bernardo e Wagner.

No ataque, Thiago Ribeiro e Wellington Paulista formariam a dupla. Wanderley corre por fora. No último treino, Thiago sentiu uma lesão no tornozelo direito e saiu de campo mancando. Ainda assim, está relacionado e concentrado. O atacante Kléber, vice-artilheiro do campeonato com 12 gols, ganharia um descanso.

- A gente está na expectativa. A minha vontade é de sempre estar jogando. Sempre deixei muito claro que eu gosto muito de estar em campo e ajudar o Cruzeiro. Mas tem um jogo importante na quinta-feira. Fizemos um resultado de 5 a 0 que dá uma certa tranquilidade. Então, se tiver que poupar, a gente vai respeitar numa boa – comentou o Gladiador.

Por: Lucas/Veiga

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Com péssima atuação, Vasco só empata

Jogador do Vasco brigando pela bola
Foto por globoesporte.com

O Vasco sentiu muito os desfalques de cinco titulares e teve uma atuação abaixo da crítica nesta quinta-feira, em São Januário, contra o Icasa-CE, na primeira partida das oitavas-de-final da Copa do Brasil. A partida terminou empatada por 1 a 1 e o time saiu de campo sob vaias (confira os principais lances no vídeo ao lado). Um lance curioso chamou a atenção. O gol vascaíno surgiu em um lance confuso, no qual o goleiro Ari chutou contra o próprio patrimônio. Na súmula, o árbitro deu a autoria ao zagueiro Vilson, que estava na jogada.

A partida de volta será na próxima quarta-feira, às 19h30m, em Juazeiro do Norte, cidade do interior do Ceará que fica cerca de 500 quilômetros da capital Fortaleza. Um empate sem gols dá a vaga para o Icasa. Se ocorrer nova igualdade por 1 a 1, a decisão será nos pênaltis. Em caso de empate com mais de dois gols, o Vasco se classifica.

Goleiro Ari dá um gol de presente para o Vasco

O Icasa começou a enfrentar problemas antes mesmo de entrar em campo. O ônibus que levava os jogadores do hotel para o estádio quebrou. E o time cearense só chegou a São Januário cerca 20 minutos antes do horário de início da partida.

O Vasco começou a partida pressionando. Paulo Sérgio e Ramon eram boas opções de ataque. Em uma delas, o lateral-esquerdo chegou bem e chutou forte. A bola desviou na marcação e bateu na rede pelo lado de fora. No estádio, alguns torcedores chegaram a gritar gol.

Mas a desilusão durou pouco e, logo depois, a torcida pôde comemorar. Na cobrança de escanteio, uma enorme confusão ocorreu na área do Icasa. Titi desviou de cabeça, e Rodrigo Pimpão chutou cruzado para dentro da pequena área. A bola começou a bater em vários jogadores, e o goleiro Ari, assustado e todo estabanado, tocou contra o próprio gol. Um lance estranho, uma lambança do camisa 1 do Icasa. Vasco 1 a 0 logo aos oito minutos. O árbitro Wagner Reway não apontou para quem daria o gol. Somente no fim da partida que o mistério acabou: na súmula, o árbitro deu a autoria ao zagueiro Vilson, que também estava na jogada.

O gol, porém, deu uma falsa impressão de facilidade. Sem cinco titulares - Fernando, Leonardo, Nilton, Jéferson e Carlos Alberto -, o Vasco tinha muitas dificuldades para trocar passes e armar jogadas. Para piorar, aos 24 minutos, o zagueiro Titi sentiu uma lesão muscular e caiu no gramado. Dorival Júnior foi obrigado a promover a entrada de Gian no time.

Sorte que o Icasa estava com medo de arriscar. E só tentava em chutes de muito longe, com Panda e Esquerdinha. O Vasco ainda chegou mais duas vezes no primeiro tempo. Ambas com Ramon. Na primeira, o lateral chutou forte para fora. Na segunda, colocou a bola na cabeça de Elton, que tocou para fora. Mas era pouco. E o pequeno público que compareceu a São Januário ameaçou vaiar o time na saída do intervalo. O técnico Dorival Júnior desceu para o vestiário bem irritado com o rendimento do time.

Marciano empata para o Icasa

O Vasco voltou para o segundo tempo com a mesma escalação. Mas tentando marcar mais forte a saída de bola do adversário e jogando com mais velocidade. Aos cinco minutos, Elton cabeceou com perigo por cima do travessão de Ari. Pouco depois, Enrico chutou de fora da área, e o goleiro do Icasa defendeu bem no canto esquerdo.

Aos 11 minutos, o técnico Dorival Júnior resolveu tirar Alex Teixeira e colocar Léo Lima. Parte da torcida cruzmaltina chegou a hostilizar o meia quando ele deixava o campo.

O time melhorou um pouco. Rodrigo Pimpão recebeu na área e soltou a bomba. Ari espalmou para escanteio. O atacante perdeu outra ótima chance aos 20 minutos. Após passe de Alan Kardec, Pimpão ficou na cara de Ari, mas tocou por cima do gol.

Mas o Icasa começou a assustar também. Gilberto invadiu a área e foi tocado por Ramon. Pênalti que o árbitro ignorou, para desespero do técnico do time cearense, Flávio Araújo. Pouco depois, em um contra-ataque, Leozinho se livrou de Gian e chutou rasteiro. O goleiro Tiago fez ótima defesa e evitou o empate.

E o gol de empate saiu aos 31 minutos. Leozinho passou bem por Gian pela direita e tocou rasteiro para a área. Marciano chegou chutando de primeira, no alto, sem chance para o goleiro Tiago. Tudo igual no placar: 1 a 1.

O gol fez os torcedores perderem a paciência com o time. E as vaias começaram a aparecer. Perdido em campo, o Vasco ficou um bom tempo todo atrás e quase levou o segundo em um chute de Leozinho de fora da área. A bola foi para fora.

Aos 39 minutos, Enrico ainda chegou bem pela direita, mas chutou sem força para fora. Pouco depois, Léo Lima teve a chance de decidir, com uma bola na entrada da área. Mas o chute saiu ruim, por cima do travessão. Foi o suficiente para a torcida insultar o meia, que já recebeu um ultimato do técnico Dorival Júnior. E a partida terminou sob vaias dos cruzmaltinos.

Ficha técnica:

Vasco 1x1 Icasa
Tiago; Paulo Sérgio, Vilson, Titi (Gian) e Ramon; Amaral, Mateus, Enrico e Alex Teixeira (Léo Lima); Rodrigo Pimpão e Elton (Alan Kardec). Ari, Marcus Vinícius (Gilberto), Alan, Thiago e Joãozinho; Guto, Panda, Luis Carlos e Esquerdinha; Moré (Marciano) e Leozinho.
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Flávio Araújo.
Gols: Vilson, aos 8 minutos do primeiro tempo; Marciano aos 31 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Ramon e Mateus (Vasco); Luis Carlos, Esquerdinha, Marcus Vinícius, Joãozinho, Thiago (Icasa)

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro.

Data: 30/04/2009.

Árbitro: Wagner Reway (MT).

Auxiliares: Lincoln Ribeiro Taques (MT) e Paulo Cesar Silva Faria (MT).



Por: Lucas/Veiga

Em jogo tenso e disputado, Fluminense arranca empate com o Goiás fora de casa

Thiago Neves fazendo o cruzamento
Foto por globoesporte.com

O Fluminense conquistou um grande resultado diante do Goiás, no Serra Dourada, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. As duas equipes empataram em 2 a 2 em um jogo muito corrido, no qual o Tricolor carioca esteve duas vezes à frente no placar (assista aos melhores momentos). Luiz Alberto e Fred marcaram para o Flu, enquanto Rafael Tolói e Felipe Menezes fizeram para o time da casa.

Quem se classificar no confronto entre Fluminense e Goiás enfrentará o vencedor de Corinthians e Atlético-PR. Na partida de ida, disputada quarta-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba, o Furacão venceu o Timão por 3 a 2.

Gols relâmpagos e problemas para o Flu

O primeiro tempo da partida começou movimentado. Logo aos dois minutos, quando as duas equipes ainda se estudavam dentro de campo, Thiago Neves cobrou uma falta na cabeça de Luiz Alberto. Livre de marcação, ele só teve o trabalho de encostar na bola para abrir o placar. Enquanto a torcida do Fluminense ainda comemorava o gol, o Goiás chegou ao empate dando o troco na mesma moeda.

Aos cinco minutos, em jogada muito parecida, Zé Carlos bateu uma falta pela direita de ataque. O zagueiro Rafael Tolói se antecipou ao goleiro Fernando Henrique e cabeceou para o fundo da rede. Depois de um início frenético, as duas equipes se acalmaram com a igualdade no placar. Aos 15, Parreira foi obrigado a tirar Marquinho do time, por causa de uma luxação na clavícula esquerda, e colocou Fabinho em seu lugar.

As jogadas aéreas foram as que levaram mais perigo ao gol de Harlei. Aos 28 minutos, a bola foi cruzada novamente para a área, e Luiz Alberto cabeceou forte. O goleiro goiano mostrou reflexo e fez uma grande defesa à queima-roupa. O Goiás apostou nos contra-ataques rápidos, com Vítor pela direita e Zé Carlos pela esquerda, mas falhou muito na hora de fazer o último passe antes de finalizar.

O Fluminense sofreu mais uma baixa aos 35 minutos. O goleiro Fernando Henrique reclamou de fortes dores na coxa esquerda, não aguentou ficar em campo e foi substituído por Ricardo Berna. Dois minutos depois, Fred tocou a bola para Thiago Neves. De dentro da área, ele chutou forte e Harlei fez mais uma defesa difícil.

Quando tudo caminhava para o empate na primeira etapa, Thiago Neves mostrou muita categoria, fez jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Fred. O atacante tricolor cabeceou e colocou o Tricolor novamente em vantagem, aos 47 minutos.

Expulsão de Maicon, e Goiás chega ao empate

Veio o segundo tempo e com ele mais problemas para Parreira. Logo aos dois minutos de jogo, o atacante Maicon fez falta por trás em Vitor e, como já tinha cartão amarelo, foi expulso pelo árbitro Arnoldo Vasconcelos Figarela, de Rondônia. Com um a menos em campo, o Fluminense perdeu muita força ofensiva, pois Maicon usava a velocidade para buscar jogo no meio-de-campo e encostar em Fred.

O Goiás cresceu dentro de campo e passou a mandar na partida. Em desvantagem no placar, o Esmeraldino buscou o gol de empate a todo custo. As principais jogadas eram criadas por Júlio Cezar e Iarley. Mas o gol demorou a sair. Aos 20, o zagueiro Rafael Tolói quase marcou o seu segundo gol na partida. Ele recebeu dentro da área e chutou forte, mas a bola bateu na parte de fora da trave direita de Ricardo Berna.

De tanto pressionar, o Goiás empatou aos 22 minutos. A defesa tricolor falhou e Iarley encontrou Felipe Menezes livre de marcação dentro da área. Ele recebeu a bola e chutou na saída do goleiro Ricardo Berna. Dois minutos depois de sofrer o gol de empate, o Fluminense teve mais uma problema de ordem médica. Fred caiu no gramado sentindo cãibras e dores no pé esquerdo. Ele acabou substituído por Alan.

Aos 32, Iarley apareceu livre pelo lado direito da defesa tricolor. O jogador esmeraldino chutou forte, mas Ricardo Berna apareceu bem para salvar o Fluminense de sofrer a virada. Em contra-ataque, Thiago Neves chutou de fora da área e obrigou Harlei a fazer excelente defesa.

No fim, mesmo aparentando muito cansaço, os jogadores do Fluminense não desistiram do ataque e foram para cima. Aos 42, Rafael Tolói fez falta dura em Alan e levou o segundo amarelo, sendo expulso de campo. Na cobrança, Thiago Neves mandou direto na barreira.

O árbitro deu mais sete minutos de acréscimo e deixou a partida tensa. Aos 48, o Goiás teve a vitória nas mãos. Felipe Menezes fez jogada excelente pela direita, ganhou a disputa com João Paulo e cruzou para a área. A bola caiu nos pés de Iarley, que chutou forte, para grande defesa de Ricardo Berna. A equipe alviverde assustou mais duas vezes, mas a zaga do Flu conseguiu segurar o placar, para alívio do técnico Carlos Alberto Parreira, que não escondia a tensão à beira do campo.

Ficha técnica:

Goiás 2x2 Fluminense
Harlei; Rafael Tolói, Ernando e Leandro Euzébio (Gomes); Vítor, Everton (Felipe Menezes), Ramalho, Julio César e Zé Carlos (Jael); Iarley e Felipe. Fernando Henrique (Ricardo Berna); Mariano, Luiz Alberto, Edcarlos e João Paulo; Wellington Monteiro, Maurício, Marquinho (Fabinho) e Thiago Neves; Maicon e Fred (Alan).
Técnico: Hélio dos Anjos. Técnico: Carlos Alberto Parreira.
Gols: Luiz Alberto, aos dois, Rafael Tolói, aos seis, e Fred, aos 45 minutos do primeiro tempo; Felipe Menezes, aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Everton Hora, Leandro Euzébio, Rafael Tolói e Felipe Menezes (G), Maicon e Fabinho (F). Cartões vermelhos: Maicon (F) e Rafael Tolói (G).
Estádio: Serra Dourada. Data: 29/04/2009. Árbitro: Arnoldo Vasconcelos Figarela (RO). Auxiliares: Márcia Bezerra Lopes Caetano (Fifa/RO) e Wilson Gonçalves de Aquino (RO).


Por: Lucas/Veiga

quarta-feira, 29 de abril de 2009


Cleiton Xavier vibra após o gol
Foto por: globoesporte.com

Heroico, Verdão bate Colo Colo no fim e assegura vaga nas oitavas

Cleiton Xavier, de longe, faz o gol da vitória. Festa palmeirense é grande

O Palmeiras fez o que queria no primeiro tempo e não sofreu gols. Willians entrou na segunda etapa e quase que a estratégia não dá certo. Mas Cleiton Xavier resolveu aos 42 minutos e o Verdão conseguiu, de forma heroica, a classificação ao vencer o Colo Colo por 1 a 0, na noite desta quarta-feira. Jogando no Monumental, os paulistas carimbaram a ida às oitavas-de-final da Taça Libertadores , mesmo com um jogador a menos e duas bolas na trave.

O Verdão terminou a competição com a segunda colocação no Grupo 1, com dez pontos. O Sport, que venceu a LDU por 3 a 2, ficou com a liderança.


No primeiro tempo, objetivo de não tomar gols é alcançado

Vanderlei Luxemburgo optou por um meio-campo povoado para apertar a marcação sobre o adversário. Escalou Wendel na lateral direita e o jovem Souza na cabeça-de-área. O objetivo era não sofrer gols no primeiro tempo e não deixar o adversário jogar. O Verdão conseguiu.


Um a menos e sufoco até o fim

Na segunda etapa Luxemburgo deixou claro que não podia mais esperar pelos gols e colocou Willians no lugar de Wendel. O atacante entrou para ajudar Keirrison a sufocar a defesa chilena e marcar, pois o empate classificava o dono da casa.

No entanto, foi o Colo Colo que fez uma pressão no Verdão logo no início do segundo tempo, beneficiado por erros de passe do Palmeiras. Em uma bola cruzada na área, Barrios dominou com a mão e o juiz viu. O lance não valeu nada.


Pressão, alívio e festa

Diego Souza, que bateu a cabeça em uma disputa de bola, precisou deixar o campo, pois sentia náuseas. Ortigoza entrou carregando a última esperança do Palmeiras de buscar a classificação. E ele deixou a torcida empolgada aos 38, quando lançou Willians, que chutou forte. Mas Muñoz, em grande defesa, espalmou e impediu o gol.

Aos 40, Maurício Ramos também chegou perto de fazer, de cabeça, mas a bola passou por cima do gol. O desespero tomava conta dos palmeirenses. E o gol salvador, enfim, aconteceu. Aos 42, Cleiton Xavier, de fora da área, arriscou o chute forte, e acertou o ângulo de Muñoz, que nada conseguiu fazer.

Era a vez do Alviverde segurar o resultado, algo que o Colo Colo fez durante todo o segundo tempo. A torcida palmeirense no Monumental não parava de cantar. E terminou a partida rindo por último, com a vaga assegurada. Festa também no gramado!

Minha Analíse: Após avançar no grupo da morte o Palmeiras ganha moral e força para a disputa das oitavas de final. Keirrison acertou duas bolas na trave e sustentou a má fase, porém Cleiton Xavier conseguiu o triunfo tão importante com um lindo gol de muito longe. Resta agora ao Palmeiras esperar seu adversário que poderá ser o próprio Sport que foi o líder de seu grupo.

Ficha técnica:

Colo Colo 0x1 Palmeiras

Muñoz; Figueroa, Mena, Riffo e Salcedo; Melendez (Jara), Sanhueza, Millar e Torres (Caroca); Carranza (Gonzalez) e Barrios. Marcos; Maurício Ramos, Danilo e Marcão; Wendel (Willians), Pierre (Evandro), Souza, Cleiton Xavier, Diego Souza (Ortigoza) e Armero; Keirrison.
Técnico: Gualberto Jará. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Cleiton Xavier, aos 42 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Caroca, Figueroa, Millar (Colo Colo); Marcão, Maurício Ramos, Willians (Palmeiras). Cartão vermelho: Marcão, aos 18 minutos do segundo tempo (Palmeiras).
Estádio: Monumental, em Santiago, Chile. Data: 29/04/2009. Árbitro: Carlos Torres (PAR). Auxiliares: Nicolas Yegros (PAR) e Milcíades Saldívar (PAR).

Por: Guilherme

Andrade comemorando seu primeiro gol na partida
Foto por: globoesporte.com

Sport vence a LDU fora de casa e garante o primeiro lugar do grupo

Andrade marca duas vezes e dá o passe para outro no triunfo de 3 a 2 sobre o atual campeão, que jogou com time de suplentes

O time comandado por Nelsinho Baptista somou 13 pontos nesta fase e, em primeiro do Grupo 1, por enquanto tem a quarta melhor campanha. O Rubro-Negro aguarda o encerramento das outras chaves para saber quem será o seu adversário nas oitavas-


Anal
íse do torcedor

É com grande satisfação de um torcedor rubro-negro apaixonado, que venho falar deste feito que o Sport Recife realizou hoje. Vencendo com uma imensa autoridade pelo grupo dito por todos "grupo da morte", a competência do time Pernambucano foi inegável diante da desconfiança que cercavam algumas pessoas ... pessoas que hoje tenho certeza, passaram a acreditar no time rubro-negro.

O leão da ilha vai agora pra 2ª fase da libertadores com a moral elevada e está pronto para jogar com qualquer que seja o adversário. Avante Sport e agora mais do que nunca o time precisa manter a personalidade e o bom futebol que vem aprensentado durante todo este tempo, afinal de contas o time não está nesta situação da noite pro dia, tudo isto foi fruto de muito trabalho e persistência da diretoria e comissão ténica que acreditaram neste grupo de jogadores.


O jogo


O escanteio cobrado por Salas pela esquerda, logo aos dois minutos, originou o primeiro gol do jogo. Espínola subiu mais que a zaga e cabeceou firme para marcar.

O Sport parecia sentir a altitude e pecava sempre na hora do último passe. Mas aos 12, Fumagalli conseguiu acertar, Wilson se atrapalhou com a bola, se recuperou, girou e bateu nas mãos do goleiro Viteri.

A altitude que parecia atrapalhar no início foi "parceira" do Sport com 22 de jogo. Dutra cruzou da esquerda, e a bola passou por todo mundo. Do outro lado, Vandinho evitou a saída e rolou para trás. Andrade pegou de primeira, a bola ganhou velocidade, bateu na trave direita, depois na esquerda e entrou.

O Leão permanecia mais tempo no campo de ataque e levava poucos sustos. Até que em um lance isolado, Vera foi lançado na área e acabou sendo deslocado por Igor na área: pênalti. Vaca foi para a cobrança, tentou o canto esquerdo, e Magrão fez a defesa.

Aos 30, Durval cometeu falta em Salas, e o jogador equatoriano tentou dar uma cotovelada no capitão. Foi expulso pelo árbitro.

Entretanto, nem o pênalti contra e a vantagem numérica fizeram os jogadores do Sport saírem do momento de descontração. Em jogada pela meia esquerda, Byron se livrou de dois marcadores e deixou para Vera, já dentro da área, mandar no ângulo oposto e desempatar a partida.

Nelsinho deixa o time mais ofensivo

Na volta do intervalo, Nelsinho Baptista optou por tirar Moacir e colocar Luciano Henrique. O Sport retornou mais ligado e chegou ao empate aos 12 minutos. Andrade pegou rebote pelo lado direito e cruzou. Igor subiu sozinho e cabeceou para a rede.

A LDU também tentou mudar o panorama do jogo colocando dois de seus titulares. Ambrosi e Campos foram para o jogo, mas quem marcou o terceiro foi o time pernambucano. Novamente com ele, Andrade. O volante dominou no peito pela meia direita e soltou outra bomba. A bola entrou no cantinho direito, sem chance para Viteri, aos 32.

Com a vantagem numérica e os 3 a 2 no placar, só restou ao Sport controlar o jogo e segurar o placar.


Ficha técnica:

Colo Colo x Palmeiras

Viteri; Renán Calle, Espínola, Obregón (Campos) e Chila (Ambrosi); Calderón, Byron, Larrea (Reasco) e Eder Vaca; Danny Vera e Salas. Magrao; Igor, César, Durval; Moacir (Luciano Henrique), Andrade, Daniel Paulista (Sandro Goiano), Fumagalli (Bruno Telles), Dutra; Wilson e Vandinho.
Técnico: Jorge Fossati. Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Espínola, aos dois minutos, Andrade, aos 22, Vera, aos 41 minutos do primeiro tempo; Igor, aos 12 minutos, Andrade, aos 32 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Calle, Espínola (LDU); Andrade, César, Daniel Paulista (Sport). Cartão vermelho: Salas e Calderón (LDU).
Estádio: Casa Blanca. Data: 29/04/2009. Árbitro: Auxiliares: Luis Sánchez (VEN) e Jorge Orrego (VEN). Juan Soto (VEN).




LDU 2x3 Sport



Por: Paulinho SPORT